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terça-feira, 11 de agosto de 2015

ARQUEOLOGIA DA SAUDADE: ECOS FALSOS


Hoje resolvi iniciar uma série sobre uma coisa que eu possa escrever frequentemente: Bandas que nunca se tornaram tão importantes para o restante do mundo como são para você.

A internet trouxe uma coisa maravilhosa para aficionados em música: a possibilidade quase infinita de descobrir artistas que não chegariam até seus ouvidos, se não fosse a comunicação com o restante do mundo. Óbvio que isso também traz problemas: nem todo mundo fuça a internet como você em busca daquele tipo de som que só os seus ouvidos se agradam em ouvir. Daí, que muitas vezes, o tal artista que você achou num clipe meio obscuro perdido no YouTube, uma banda que ouviu sem querer no Sound Cloud, e por aí vai, não chega a um grande número de ouvidos como o seu.

Sendo assim, você acaba encontrando bandas que adora e quando vai pesquisar mais sobre a banda... ela acabou! Sim! Você deu o seu jeito de comprar/baixar as músicas da banda e quando já está com o repertório na ponta da língua, vai procurar para ver onde a banda vai tocar e descobre que eles “encerraram suas atividades”.

O Ecos Falsos, que inaugura essa seção, esteve em atividade de 2002 a 2011. A Primeira vez que os vi, foi no programa do Jô Soares:


A entrevista pouco falou sobre a banda (como em qualquer entrevista que acontece no programa do Jô Soares: fala-se sobre tudo, menos sobre o que interessa). Eles explicaram o significado do nome da banda e depois o sobre o trabalho de conclusão do vocalista Gustavo Martins, que versava sobre as rimas mais manjadas da música brasileira. Fui em busca dos caras nas internet. E descobri o single “A Última Palavra em Fashion”. E confesso, foi embasbacador ver como existia uma banda similar ao Pavement no quesito Ironia. A letras eram diretas e tinham certas doses de lirismo ácido como a máxima: “Eu só sou sentimental quando eu me fodo!”.


Desde então, a música “A última Palavra em Fashion” nunca saiu das minhas playlists, pois na minha opinião, fala muito sobre esse mundinho Zé Ninguém que as maioria das pessoas vive e pensam que estão no reino encantado da fama e da Ilha de Caras.

Os caras foram a diversos programas “alternativos”, tocaram na extinta MTV, chegaram até a concorrer ao VMB de 2011. Mas “sucesso”, nada!

Hoje, percorrendo as profundezas, reencontrei um clipe da banda, se apresentando no “Banda Antes” da MTV. E fui rememorar os discos e ver se havia coisa nova para escutar ou para ver. Quando entro no site www.ecosfalsos.com.br , estava lá a famigerada nota de despedida para os fãs, dizendo sobre alguns dos motivos que determinaram o fim da banda. E mais uma vez, fiquei órfão de uma boa banda que eu gostava.

A vantagem de nosso tempo é exatamente o revés que a internet proporciona: assim como você só tem o seu quinhão de fama dentro dela, tudo o que você fez está nela e não tem como você ser esquecido, a menos que você não a alimente mais.

Assim, findo-me e deixo-vos com A Última Palavra em Fashion:



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