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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Andar de bicicleta é um ato político

Não gosto muito de levantar bandeiras, aliás, bandeira e ideologia não são coisas que possamos ficar mostrando aqui no Facebook. Mas o fato é: dois meses e meio depois de ter comprado uma bicicleta, um mês depois de ter iniciado um programa de condicionamento físico e duas semanas de ter começado a ir para o trabalho com a magrela, tenho que dizer: ANDAR DE BICICLETA NO RIO DE JANEIRO É UM ATO POLÍTICO! Quase tão perigoso quanto qualquer manifestação no centro da cidade.

Disputar espaço nas ruas, entre carros, ônibus e caminhões, não é uma tarefa fácil, simples ou para qualquer um. Depois que um ônibus passa por você, a lufada de vento pode te jogar em qualquer lugar. Isso porque a LEI diz para o ciclista andar no lado direito da pista. Para evitar correr mais riscos, passar para o lado esquerdo da via, pode ser uma aventura maior ainda. Motoristas de automóveis muito se assemelham ao desenho da Disney em que o personagem do Pateta tem um carro.


É uma ventura e um ato de resistência andar de bicicleta. Em tempos onde se fala tanto de aquecimento global, poucos se preocupam em diminuir sua pegada de gás carbônico. Quando tanto se fala da obesidade das pessoas, andar de bicicleta é um excelente exercício aeróbico, que queima algumas calorias importantes. Quando o próprio governo municipal, que muda rotas e sentidos das vias, apela para que se use transporte público e alternativo, a bicicleta é o veículo ideal.

No entanto, procure disputar um espaço nas vias de circulação! A rua não é lugar para se andar de bicicleta. Mesmo o Rio de Janeiro tendo uma das maiores ciclovias do Brasil, elas não atendem, por exemplo, quem mora na Zona Norte da cidade. Morando no Méier, as faixas de bicicleta mais próximas estão no Estádio Engenhão, ou no Estádio do Maracanã. Ou seja, é preciso andar no meios dos BRS´s, disputando espaço com os ônibus, se você quiser andar de acordo com a lei.

Eu ainda estou iniciando no mundo do ciclismo da maneira correta como deve ser. Minha bicicleta atende à todas as exigências de segurança, mas será que todos os motoristas entendem os procedimentos de segurança que devem ser respeitados em relação ao ciclista? Não sei o que é mais exagerado nessa história toda: se o cara que quer passar por cima do ciclista com seu carro, ou o cara que quer passar por cima do ciclista com seu carro porque está atrasado para chegar na academia para andar numa bicicleta que não sai do lugar.


Inté.

2 comentários:

  1. A questão ,é que a maioria dos motoristas parece que pagaram para tirar suas habilitações, sem ter participado de nenhuma aula de direção e nem fizeram a prova de legislação de transito, porque a imprudência e a imperícia anda lado a lado com eles.

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  2. É possível sim, muitos pagam para ter a habilitação. Mas mesmo os que não pagam, que estão lá na auto-escola, pouco se preocupam com as regras fundamentais do trânsito, só querem acabar o "treinamento" logo, para poder pegar a carteira. Mas não são motoristas prontos para o trânsito.

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